28 de mai. de 2014

Estava devendo a todos vocês notícias sobre nossa pequena Valentina e, mesmo atrasada, aí vai!

Fiquei em repouso nos últimos dois meses de gestação, por ter algumas ameaças de entrar em trabalho de parto antes da hora. Como toda a minha família e os meus sogros moram no interior de São Paulo, em Pindamonhangaba, eu e meu marido decidimos que seria melhor fazer o parto lá, pra ficarmos mais perto de todos, além de termos mais ajuda nos primeiros dias.
Então, faltando ainda um mês para a tão esperada hora, juntei as malas e tudo que acreditava que seria importante levar e praticamente nos mudamos pra casa da minha mãe. Chegamos numa sexta-feira, tiramos algumas fotos da barriga no sábado e na segunda tive as primeiras dores. Cheguei a ir ao pronto atendimento, mas voltei pra casa depois de ser medicada.
Dois dias depois, não teve jeito. Enquanto saboreava um delicioso jantar e era paparicada pelas minhas tias e minha avó, as dores voltaram e as contrações chegaram com tudo!!! Estava convicta de que conseguiria ter um parto normal, mas chegando na maternidade, não passava de um dedo de dilatação e as dores não melhoravam nem com medicação. A obstetra plantonista resolveu me internar pra fazer alguns exames, e no dia seguinte, a ultrassonografia deu a direção para uma cesariana, pois estava sem líquido na bolsa.
A princesa Valentina chegou no dia 03 de abril, às 17h45, algumas semanas antes da hora, mas com muita saúde e tranquilidade. O papai estava trabalhando em São Paulo e não conseguiu chegar a tempo de acompanhar o parto, mas os avós babões conseguiram registrar tudo!
Foi um dos momentos mais emocionante da minha vida! Mas confesso que até vê-la pertinho de mim, e conferir se ela era perfeita, tive aquele medo de que algo acontecesse ou que ela tivesse nascido com algum problema não diagnosticado durante a gravidez.
Graças a Deus não passou de medo. Nossa pequena chegou chorando forte, brava, com 48cm e pesando 2.980 kg de muito charme e beleza!
Conseguimos ficar apenas 15 dias na casa da vovó, pois a vontade de ir pra nossa casa e ficar pertinho do papai falou mais alto. E tem sido maravilhoso! Estamos aprendendo a cada dia, ainda entrando no rítmo, nos adaptando a esse novo formato de família e, claro, babando muuuuuito!!! Ela fez despertar o instinto materno que nasceu em mim com a Duda e que estava esperando esse momento acontecer novamente.
Nem preciso dizer que o dia das mães este ano foi muito especial ne?
Agora quero ser cada dia uma mulher melhor para ser uma mãe melhor.



18 de nov. de 2013

É uma menina!!!


Quanta alegria e quanto alívio descobrir que está tudo caminhando bem com esta gestação tão desejada.
Há alguns dias, como registrado neste pequeno vídeo que meu marido fez com o celular, descobrimos que a Maria Eduarda vai ganhar uma irmãzinha, que já tem nome escolhido: Valentina.
Nesta quarta-feira, dia 20, completo 18 semanas de gestação. A fase dos enjoos já passou e com ela foi-se embora também a fase de maior medo e insegurança sobre o desenvolvimento do nosso bebê. Já fizemos o primeiro morfológico, com 12 semanas, e a confirmação de que tudo está evoluindo saudavelmente bem chegou aos nossos ouvidos como uma linda canção e tirou de nossos ombros um peso que não sabíamos medir.
Mesmo sendo crentes no amor de Deus e na misericórdia de Nossa Senhora, o lado humanos nos faz tremer um pouco de vez em quando... rsrs
Mas Deus é bom, é maravilhoso e nos deu a benção de poder experimentar mais uma vez a alegria de gerar alguém tão especial. E quero dividir com vocês esse momento.
A Valentina chegará depois de cinco anos sem a nossa Maria Eduarda. E não vem ocupar o seu lugar ou substituí-la, pois é única, escolhida à dedo para vir ao mundo e já ocupa o seu próprio espaço em nosso coração, assim como a irmã.
E como é bom fazer planos, imaginar como ela vai ser, com quem vai se parecer, partilhar com meu marido algumas ideias e conversar com a barriga... que já está bem grande! Como é bom sentir minha filha mexer em meu ventre, ver meu corpo se modificar ao poucos se preparando para a sua chegada.
Uma sensação maravilhosa de esperança e amor do tipo mais profundo que eu possa sentir, e ao mesmo tempo tenho que confessar que, às vezes, me faz lembrar da gestação da Duda, de quando ela mexia, se esticava, de quando senti tudo isso pela primeira vez.
Sei que hoje ela está nos olhando lá de cima e rezando a Deus por nós e isso me conforta.
Vamos celebrar a vida mais uma vez! E como isso é bom!

2 de out. de 2013

HÁ MAIS VIDA EM MIM!

E quando eu penso que não, Deus vai lá e me surpreende de novo! Eu não aprendo mesmo! rsrs...
Desde setembro do ano passado, quando partilhei com vocês aqui no blog  as dúvidas que rondavam minha cabeça sobre as escolhas pessoais e profissionais, os dilemas sobre o tempo, fui rezando e entregando cada dúvida e toda a minha ansiedade nas mãos de Deus e de Nossa Senhora.
Sabia que tinha que fazer a minha parte, mas não tinha a mínima noção de que direção seguir. Tão cega diante dos planos de Deus!!!
Então segui todas elas! Continuei no mesmo emprego, mas tentei voltar pra minha área ao mesmo tempo. Comecei um acompanhamento médico para ver se estava tudo bem comigo para engravidar de novo, mas não me comprometi 100%.
Até que surgiu a vontade de voltar a morar no interior, principalmente para ficar perto da família. Voltei a procurar emprego por lá, fazendo contatos novamente, mas nada surgia. Combinei com o meu marido que, se um dos dois conseguisse trabalho por lá, iríamos embora. Fiz algumas entrevistas, e uma delas em uma empresa onde já trabalhei duas vezes, sendo entrevistada por um ex-chefe que já conhecia muito bem o meu trabalho, e aí minhas esperanças se renovaram.
Essa era a minha vontade.
Enquanto isso, meu marido começava a planejar um trabalho autônomo, que exigia um certo investimento, mas isso acontecia aqui em São Paulo e estava enrolado.
E foi no meio dessa dúvida e expectativa que o nosso querido Papa Francisco veio ao Brasil. E por providência - não coincidência, a missa celebrada por ele em Aparecida foi no dia da minha folga. Passei a noite e madrugada na fila junto com minha mãe e minha tia para tentar acompanhar a missa dentro da Basílica, mas não conseguimos. E todo o sacrifício não foi em vão, pois toda a penitência do frio, do sono, do cansaço, eu ofereci a Deus pela minha família e por tudo que estava acontecendo.
E parecia estar tudo tão amarrado e cheio de nós...
Foi quando recebi um "Acorda menina"! No meio da missa, recebi uma ligação confirmando a liberação do que faltava para o trabalho do meu marido em São Paulo.
Na mesma semana, soube que não havia sido contratada para aquela vaga conhecida no interior.
Poucos dias depois, recebi uma das melhores notícias da minha vida: A GRAVIDEZ!
E a minha vontade caiu por terra, pois o que prevalece são os desejos do Senhor! E Ele sabe o que é melhor pra mim e pra minha família, que agora vai crescer... Vocês não imaginam o tamanho da nossa alegria!
Querem mais uma coincidência? Ou melhor, providência? Um dia depois de descobrir que estava grávida, ainda com uma mistura de sentimentos, incluindo a insegurança e medo de se repetir o que aconteceu com a nossa Maria Eduarda, Deus nos acaricia com o evangelho durante a missa. Era a celebração da Assunção de Nossa Senhora. O evangelho? Lucas 1, 39-56, quando Maria visita sua prima Isabel, que estava grávida. E toda a homilia do padre foi voltada para as gestantes e mães. Não preciso dizer mais nada né?

Viva a Vida! 

9 de fev. de 2013

Há quanto tempo!

E volto a escrever especialmente para compartilhar uma história de vida comovente e mais um testemunho que reforça como optar pela vida é a melhor opção.
Prestes a completar um aninho, o pequeno Samuel já demonstrou ser um grande abençoado por Deus. Ainda no ventre de sua mãe, Carla, uma amiga muito querida, Samuel foi dado como desenganado pelos médicos, que diagnosticaram sérios problemas de má formação e afirmaram convictamente que aquela gestação era em vão. Imaginem vocês o que passou pela cabeça e coração desses pais ao receberem tal notícia.
Sofrimento sim, mas eles não desistiram e confiaram a vida daquele bebê a Deus. E o que era uma má formação intratável e irredutível foi se transformando em problemas menores, que foram sendo vencidos etapa por etapa, até que este menino lindo, de riso e olhar cativante, nasceu assim, com o corpo todo formado, perfeito, apenas, eu digo apenas com um probleminha no coração, corrigido por duas cirurgias. Claro que duas cirurgias em um ano, sendo a primeira com poucos dias de vida pode parecer traumático ou muito, muito ruim. Mas se lembram que ele não deveria ter nascido aos olhos da ciência?
Pois ele nasceu, enfrentou duas intervenções cirúrgicas e agora sorri assim! Está aqui o milagre para aqueles que acreditam ou não!
Samuel, Carla e João Paulo, Que o testemunho de vocês possa se multiplicar em vida, alegria e muitos sorrisos iguais a esse todos os dias! Deus o abençoe!

29 de set. de 2012

A VIDA E O NOVO CÓDIGO PENAL


Desembargador questiona a questão da vida no novo código penal
Palavras de Roberval Casemiro Belinati, desembargador do TJDFT na audiência pública de instalação da frente parlamentar em defesa da vida
O texto é longo mas passa por todos as questões importantes que, com certeza, podem mudar a vida do brasileiro.
Por Thácio Siqueira
BRASILIA, quarta-feira, 19 de setembro de 2012 (ZENIT.org) - No dia 13 de setembro, Dr. Roberval Casemiro Belinati, Desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, concedeu uma conferência aos deputados, representantes de diversos movimentos, associações e entidades civis e religiosas que promovem a vida, e demais pessoas presentes.
A conferência se realizou durante a Audiência Pública de instalação da frente parlamentar em defesa da vida, com destaque para o tema do novo código penal brasileiro.
Também Coordenador-Geral do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do TJDFT e Professor de Direito Penal do UniCeub, Dr. Belinati, começou "agradecendo a Comissão de Bioética da Arquidiocese de Brasília pelo convite para representá-la neste evento".
Em suas palavras abordou diversos temas relacionados à vida como: aborto, ortotanásia e eutanásia, infanticídio, induzimento ao suicídio, terrorismo e invasão de terras, descriminalização do uso de drogas, prostituição infantil, disparidade na aplicação das penas e aumento da pena máxima para 40 anos.
No que se refere ao aborto o desembargador relata que “Verifica-se que o Projeto do Novo Código Penal reduz ainda mais as penas já tão reduzidas”.
Segundo o desembargador: “As maiores mudanças, porém, estão no artigo 128. Ele deixa de começar por “não se pune o aborto” e passa a começar por “não há crime de aborto”. O que hoje são hipóteses de não aplicação da pena (escusas absolutórias) passa a ser hipóteses de exclusão do crime.”
Dentre as inúmeras razões jurídicas contra o aborto, destacou o Dr. Belinati: “O direito à vida é cláusula pétrea, que não pode ser modificada por emenda constitucional, por lei ordinária e muito menos por um código penal”. E também disse que “O aborto, além de ofender a Carta Magna, macula o Código Civil Brasileiro, no seu artigo 2º, que proclama que “a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.”
A sociedade brasileira espera com ansiedade a reforma do Código Penal que está em vigor desde 1942, conclui o Dr. Belinati, porém, deseja “uma reforma profunda, bem estudada, bem discutida, sem pressa e sem vaidade", disse o desembargador.
Publicamos a seguir o texto na íntegra:
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Aborto
Verifica-se que o Projeto do Novo Código Penal reduz ainda mais as penas já tão reduzidas. O aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento, atualmente punido com detenção de um a três anos, passa a ter pena de prisão de seis meses a dois anos (art. 125). O terceiro que provoca aborto com o consentimento da gestante, atualmente punido com reclusão de um a quatro anos, passa a sofrer pena de prisão de seis meses a dois anos (art. 126). Se o aborto for provocado sem o consentimento da gestante, o terceiro é punido com prisão, de quatro a dez anos (art. 127). Curiosamente, ele recebe um aumento de pena de um a dois terços se, “em consequência do aborto ou da tentativa de aborto, resultar má formação do feto sobrevivente” (art. 127,§1º). Esse parágrafo parece ter sido incluído para estimular o aborteiro a fazer abortos “bem feitos”, evitando que, por “descuido”, ele deixe a criança com vida e má formada.
As maiores mudanças, porém, estão no artigo 128. Ele deixa de começar por “não se pune o aborto” e passa a começar por “não há crime de aborto”. O que hoje são hipóteses de não aplicação da pena (escusas absolutórias) passa a ser hipóteses de exclusão do crime. E a lista é tremendamente alargada. Basta que haja risco à “saúde” (e não apenas à “vida”) da gestante (inciso I), que haja “violação da dignidade sexual” (inciso II), que a criança sofra anomalia grave, incluindo a anencefalia (inciso III) ou simplesmente que haja vontade da gestante de abortar (inciso IV). Neste último inciso o aborto é livre até a décima segunda semana (três meses). Basta que um médico ou psicólogo ateste que a gestante não tem condições “psicológicas” (!) de arcar com a maternidade.

Razões jurídicas contra o aborto
A proposta pela liberação do aborto, em qualquer caso, não pode prosperar, pois, em primeiro lugar, ofende a Deus, que fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e os abençoou dizendo: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1,28). E determinou: “Não matarás.” (Êxodo , 20,13).
O aborto é o assassinato de um ser humano, é o homicídio de um ser indefeso e inocente.
O direito à vida é direito fundamental, desde a concepção até a morte natural.
Cada pessoa é um dom valioso de Deus e é única, insubstituível e irrepetível.
O direito à vida é o primeiro entre todos os direitos.
A ciência médica ensina que com doze semanas de gestação o bebê já está bem formado. Todos os sistemas orgânicos funcionam. Ele já respira e urina. O corpinho da criança já está bem evoluído e possui até impressões digitais. Quando sua mãe dorme, o bebê também dorme, mas quando a mãe desce uma escada, ele ouve um ruído forte e acorda. Com doze semanas de gestação, o bebê sente dor e é sensível à luz, ao calor e ao barulho. Eliminá-lo não significa destruir um monte de células sem vida humana, conforme alguns afirmam. Significa sim o assassinato de um ser humano inocente e indefeso.
Não podemos admitir que os grandes matem os pequenos, os fortes eliminem os fracos e os conscientes destruam os inconscientes. Este preceito deve ser observado em qualquer tempo pelas civilizações inteligentes.
A Constituição Federal garante a todos os brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida.
Não importa se o nascituro apresenta deficiência física, cerebral, anomalia grave, se vai viver somente por alguns instantes, se vai ser rico ou pobre. Em qualquer circunstância o nascituro tem o direito de nascer e de viver.
O direito à vida é cláusula pétrea, que não pode ser modificada por emenda constitucional, por lei ordinária e muito menos por um código penal.
O aborto, além de ofender a Carta Magna, macula o Código Civil Brasileiro, no seu artigo 2º, que proclama que “a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.”
Antes de nascer, o nascituro já é protegido pelo direito civil, e depois de nascer, será sujeito de direitos e deveres.
O aborto desrespeita o Estatuto da Criança e do Adolescente, que alerta que “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida”.
O Estado tem obrigação de oferecer condições para a gestante ter o filho sadio e para que o filho desenvolva-se dignamente. Não tem o direito de oferecer condições para a mãe matar o filho.
O aborto também ofende a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, o Pacto de São José da Costa Rica, que o Brasil acolheu, e que diz que“toda pessoa tem o direito de que respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente”.
O extermínio de seres inocentes e indefesos também viola a Convenção sobre os Direitos da Criança, que o Brasil adotou da Assembléia Geral das Nações Unidas. Ela preceitua que “toda criança tem o direito inerente à vida.”
Igualmente desrespeita o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, que também declara que “o direito à vida é inerente à pessoa humana. Este direito deverá ser protegido por lei. Ninguém poderá ser arbitrariamente privado de sua vida.”
Ora, defender a vida humana não é questão meramente religiosa, como alguns afirmam. Defender a vida humana é respeitar a Deus, é respeitar o semelhante, é observar o direito brasileiro, o direito internacional, é, acima de tudo, amar.
Além do aspecto jurídico, nenhuma razão social pode justificar a prática do aborto, sendo inaceitável a alegação de que o aborto é necessário para controlar a natalidade, para combater a pobreza, para combater a fome, para combater o desemprego, para melhorar a raça, para solucionar conflito decorrente de infidelidade conjugal, para resolver gravidez não desejada ou para não permitir o nascimento de pessoa com deficiência. Todos esses argumentos são absurdos!
Infeliz ainda é a alegação de que a mulher é dona de seu corpo e deve ter liberdade para decidir sobre a continuidade ou não da gravidez. Ora, a mulher é uma pessoa e o feto é outra. Ela tem o dom sagrado de gerar o filho, mas não tem o direito de matá-lo. Esse argumento é falso, não é verdadeiro!
Também não é correta a alegação de que a liberação do aborto no Brasil reduziria a taxa de mortalidade materna, diminuiria o número de abortos e proporcionaria grande economia para os cofres públicos. Se na clandestinidade são praticados milhares de abortos, provavelmente mais de um milhão por ano, imagine o que aconteceria após a liberação?
A liberação do aborto só iria favorecer a “indústria do aborto” e seria um prêmio para aqueles que desejam se enriquecer, ganhar muito dinheiro com o assassinato de seres inocentes e indefesos.
Nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, paga-se de100 a1.200 dólares por um aborto. Imagine uma clínica realizando de10 a20 abortos por dia, quanto lucraria com o hediondo crime!
O Congresso Nacional deve tomar o máximo de cuidado para não ser iludido por aqueles que representam os interesses do poder econômico e desejam fazer fortuna com a liberação do aborto.

Eutanásia e ortotanásia
Outro dispositivo que precisa ser excluído do Projeto do Novo Código Penal refere-se à concessão de perdão judicial a quem pratica eutanásia em pessoa da família ou em alguém com quem se mantém estreitos laços de afeição, conforme está expresso no § 1º do artigo 122.
A extinção da punibilidade neste caso poderia estimular a prática da eutanásia, sobretudo para fins egoísticos, para favorecer, por exemplo, a abertura de inventário, para adiantar o pagamento de pensão, o recebimento dos bens do falecido, para fazer cessar o cansaço físico do responsável pelos cuidados do doente, enfim condutas absolutamente inaceitáveis e reprováveis.
Por essa razão não pode o Estado tolerar a eutanásia, pois, em sentido contrário, milhares de doentes correrão o risco de serem assassinados por pessoas da própria família, sob a falsa alegação de compaixão ou piedade.
A pessoa gravemente doente normalmente não tem condições físicas nem psicológicas para decidir sobre o seu próprio destino, daí ser inaceitável a alegação de que o ato foi praticado para atender a seu pedido, para abreviar-lhe o sofrimento.
Deixar de punir com prisão aquele que mata, seja por piedade ou compaixão, é violentar a Constituição Federal brasileira.
Também não pode o Estado deixar de punir com prisão aquele que pratica a ortotanásia, isto é, a ação daquele que deixa de oferecer tratamento ao doente, em estado irreversível, para não prolongar a sua vida, segundo o disposto no § 2º do referido artigo 122.
Ora, ninguém tem o direito de suprimir a vida a não ser Deus.

Infanticídio indígena
Há tribos indígenas que costumam matar recém-nascidos quando estes, por algum motivo, são considerados uma maldição. De acordo com o projeto, tais crianças ficam sem proteção penal, desde que se comprove que o índio agiu “de acordo com os costumes, crenças e tradições de seu povo” (art. 36). Isto precisa ser revisto e modificado para não se permitir o extermínio de recém-nascidos indígenas.

Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
Também é necessária a exclusão dos §§ 1º e 2º do artigo 123 do Projeto do Novo Código Penal, que autorizam a concessão de perdão judicial no caso de eutanásia ou ortotanásia no auxílio a suicídio.

No cenário internacional
Por essas razões, a prática da eutanásia é rejeitada na maioria dos países do mundo, sendo pouquíssimos os que a aceitam, como a Holanda, Bélgica e Luxemburgo. Na Suíça, por exemplo, admite-se o chamado “suicídio assistido”, que se diferencia da eutanásia porque nesta o agente é responsável pelo procedimento que abrevia a vida do paciente, enquanto naquela o agente apenas fornece os meios necessários para que o paciente tire a própria vida, o que tem gerado inclusive o chamado “turismo da morte”, em que pessoas se deslocam à Suíça para se submeterem a essa prática. Não se pode admitir que aconteça o mesmo no Brasil.
Terrorismo e invasão de terras
O terrorismo é criminalizado (art. 239). Mas as condutas descritas (sequestrar, incendiar, saquear, depredar, explodir...) deixam de constituir crime de terrorismo se “movidas por propósitos sociais ou reivindicatórios” (art. 239, §7º). Os invasores de terra são favorecidos, uma vez que “a simples inversão da posse do bem não caracteriza, por si só, a consumação do delito” (art. 24, parágrafo único).

Descriminalização do uso de droga
Outra proposta que deve ser excluída do Projeto do Novo Código Penal refere-se à descriminalização do porte ou plantio de drogas para uso próprio, prevista nos §§ 2º, 3º e 4º do artigo 212, assim redigidos:
§ 2º Não há crime se o agente:
I – adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo drogas para consumo pessoal;
II – semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de drogas para consumo pessoal.
§ 3º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, à conduta, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, bem como às circunstâncias sociais e pessoais do agente.
§ 4º Salvo prova em contrário, presume-se a destinação da droga para uso pessoal quando a quantidade apreendida for suficiente para o consumo médio individual por cinco dias, conforme definido pela autoridade administrativa de saúde.
A liberação do consumo de drogas traria conseqüências ainda mais nefastas, pois é sabido que a droga aniquila o usuário, faz sofrer a sua família e causa enormes danos e prejuízos a sociedade.
Seria ingênuo pensar que a descriminalização não aumentaria o consumo e o tráfico. Há poucos dias, a imprensa divulgou estatística informando que o Brasil já é o segundo maior consumidor de drogas do mundo. Imagine o que aconteceria se a droga fosse amplamente liberada!
O problema é de saúde pública e de segurança pública, porque o consumo e o tráfico são os maiores responsáveis pelo aumento da violência e da criminalidade.
O Estado tem obrigação de implantar políticas públicas para combater o tráfico e o consumo de substâncias entorpecentes, e jamais criar condições para a sua legalização.

Prostituição infantil
Atualmente comete estupro de vulnerável quem pratica conjunção carnal com menor de 14 anos (art. 217-A, CP). O projeto baixa a idade: só considera vulnerável a pessoa que tenha “até doze anos”. Isso vale para o estupro de vulnerável (art. 186), manipulação ou introdução de objetos em vulnerável (art. 187) e molestamento sexual de vulnerável (art. 188).
Deixa de ser crime manter casa de prostituição (art. 229, CP) ou tirar proveito da prostituição alheia (art. 230, CP). Quanto ao favorecimento da prostituição ou da exploração sexual de vulnerável, a redação é ainda mais assustadora: só será crime se a vítima for “menor de doze anos” (art. 189). Deixa de ser crime, portanto, a exploração sexual de crianças a partir de doze anos. Isto precisa ser modificado.

Disparidade na aplicação das penas
Segundo a linha ideológica do PLS 236/2012, o ser humano vale menos que os animais. A omissão de socorro a uma pessoa (art. 132) é punida com prisão, de um a seis meses, ou multa. A omissão de socorro a um animal (art. 394) é punida com prisão, de um a quatro anos. Conduzir um veículo sem habilitação, pondo em risco a segurança de pessoas (art. 204) é conduta punida com prisão, de um a dois anos. Transportar um animal em condições inadequadas, pondo em risco sua saúde ou integridade física (art. 392), é conduta punida com prisão, de um a quatro anos.
Os ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre não podem ser vendidos, adquiridos, transportados nem guardados, sob pena de prisão, de dois a quatro anos (art. 388, §1º, III). Os embriões humanos, porém, podem ser comercializados, submetidos à engenharia genética ou clonados sem qualquer sanção penal, uma vez que ficam revogados (art. 544) os artigos24 a29 de Lei de Biossegurança (Lei 11.101/2005).
Mais um exemplo na disparidade na aplicação das penas: matar ou caçar algum animal silvestre sem permissão da autoridade competente será punido com dois a quatro anos de prisão. A pena poderá chegar a 12 anos se o crime for praticado com exercício de caça profissional, segundo o artigo 388. No entanto, matar um ser humano indefeso ou inocente, no ventre da mãe, pelo aborto, disposto nos artigos 125 e126, apena de prisão será de seis meses a dois anos.
Essa disparidade precisa ser corrigida, pois a vida humana é o maior bem que Deus concedeu aos homens e merece maior proteção por parte do Estado, com punições mais severas para aqueles que a ofendem.
A pena legalmente cominada indica a importância que a ordem jurídica atribui ao preceito e ao bem jurídico tutelado, e quanto maior a importância do valor jurídico violado, maior deve ser a pena cominada ao crime.

Pena máxima de 40 anos
Outra parte do Projeto do Novo Código Penal que precisa ser modificada refere-se ao aumento do limite máximo de trinta para quarenta anos de prisão, no caso de unificação da pena, sobrevindo condenação por fato posterior, conforme está expresso no § 2º do artigo 91.
Obrigar o condenado a cumprir até 40 anos de prisão é estabelecer prisão perpétua, é decretar a pena de morte progressiva, em flagrante desrespeito ao direito constitucional da dignidade humana.
Raríssimos presos conseguem suportar no cárcere o limite máximo de 30 anos, previsto na legislação em vigor. Imagine aumentar esse prazo para 40 anos!
Não se está defendo a impunidade daqueles que cometem crimes quando já encarcerados, mas é a oportunidade para reclamar a adoção de políticas públicas mais eficientes que combatam a criminalidade e auxiliem com mais resultados a reeducação dos condenados. A simples majoração das penas tem sido insuficiente para esse fim.

Conclusão
A sociedade brasileira está ansiosa pela reforma do Código Penal Brasileiro, que data de 1940 e está em vigor desde 1942, com inúmeras modificações.
Mas espera uma reforma profunda, bem estudada, bem discutida, sem pressa e sem vaidade.
Aguarda, sobretudo, uma reforma sem aberrações, uma reforma verdadeira, que reconheça o direito à vida humana como o maior dentre todos os demais direitos.
Confiamos que a Frente Parlamentarem Defesa da Vida, instalada neste egrégio Parlamento, estará em permanente vigília, com o apoio da sociedade do Distrito Federal, para defender o respeito e a preservação da vida humana.
Que Deus abençoe a todos!
Muito Obrigado.
Desembargador Roberval Casemiro Belinati

26 de set. de 2012

Fé, aborto e política

As eleições estão aí e muitos cristãos, católicos ou de outras religiões, talvez não saibam como agir sem ferir os mandamentos da lei de Deus e sem deixar de lado o seu papel na sociedade. Recebi hoje pela manhã esta entrevista com Vanderlei de Lima, filósofo com extensão em Bioética e Tecnociências pela PUC-Campinas e formação em Teologia Moral pela Escola Mater Ecclesiae, da Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), que acaba de publicar mais um livro. Vale a pena pelo menos dar uma espiada no seu ponto de vista, antes de escolher um candidato à prefeito ou vereador, que não respeite a vida.


Por Thácio Siqueira
BRASILIA, sexta-feira, 31 de agosto de 2012 (ZENIT.org
A obra que tem por título “O verdadeiro católico pode votar em partidos defensores do aborto?” visa levantar, em suas 60 páginas de fácil leitura, “Uma delicada questão de consciência frente ao homicídio no ventre materno”.

A obra pode ser adquirida a partir dos dados oferecidos no blog do autor:
Vanderlei de Lima concedeu à ZENIT uma entrevista excluvisa sobre a temática tratada no seu recente livro. Publicamos a seguir entrevista na íntegra:
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ZENIT: Por que há interesse de se aprovar o aborto no Brasil?
VANDERLEI: O interesse em aprovar o aborto no Brasil – diga-se logo de início – não é para satisfazer o interesse popular, pois pesquisas de opinião pública apontam que entre 72% a 90% dos brasileiros somos contra o assassinato de inocentes no ventre materno.
Então, qual é o interesse? É, certamente, o de satisfazer a “ideologia da morte”, ou seja, os poderosos grupos internacionais que, dispondo de grandes recursos financeiros e fortes meios de propaganda, desejam afrontar os valores sagrados e perenes que ainda restam da civilização cristã nos nossos dias.

ZENIT: Qual a relação entre aborto e voto?
VANDERLEI: A relação entre aborto e voto é muito grande e comporta, de momento, dois aspectos a serem destacados.
O primeiro é o aspecto moral (muito deixado de lado em nossos dias), uma vez que o 5º Mandamento da Lei de Deus preceitua: “Não matarás” (Êxodo 20,13) e a Igreja sempre conservou em sua doutrina a condenação ao aborto provocado ao longo de mais de dois milênios de história.
Ora, se o candidato é de um partido, cujo programa defende o aborto, o verdadeiro católico não pode – sem trair a moral – votar nesse partido ou no político que está a favor da morte. Ele seria um católico totalmente incoerente e estaria em pecado.
E mais: A Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé publicou, em 24 de novembro de 2002, uma Nota sobre questões relativas à participação e comportamento de católicos na vida política. Ali está claríssimo que o fiel católico não pode apoiar com seu voto as investidas da cultura da morte, votando em candidatos filiados a partidos defensores do aborto.
O segundo aspecto é que um político eleito pelo povo há de ser representante legítimo desse povo. Ora, se o povo não quer o aborto, também o político não deve querer, pois o mandato que ele exerce não faz dele um senhor absoluto de suas vontades particulares ou partidárias. Ao contrário, ele é um delegado ou representante dos anseios do povo que a ele confiou o seu voto.
Então, se os candidatos de partidos abortistas perceberem que estão sendo rejeitados nas urnas terão que tomar uma das três medidas seguintes: a) sair do partido pró-morte de inocentes e indefesos; b) mudar radicalmente o programa do seu partido ou c) contentar-se em nunca ser eleito pelo voto dos católicos.
Esse é o poder do voto dos verdadeiros católicos que jamais devem votar em comunistas, socialistas e abortistas e nem votar em branco ou nulo, muito menos deixar de ir votar, pois essa omissão favorece a cultura da morte.

ZENIT: A qual público está destinado o livro?
VANDERLEI: O livro está destinado primeiramente aos verdadeiros católicos, ou seja, àqueles que realmente buscam viver o pulsare cum Ecclesiae(sentir com a Igreja) em tudo.
Depois, destina-se também às pessoas de várias religiões ou homens e mulheres de bom senso em geral que defendem a vida desde a sua concepção até o seu fim natural.

ZENIT: O que levaria um político a receber o voto católico?
VANDERLEI: O político está apto a receber o voto de um verdadeiro católico desde que defenda os princípios básicos ou fundamentais da civilização cristã, que são valores reconhecidos até mesmo pela luz natural da razão sem a fé.
Dentre esses valores estão, evidentemente, a defesa da vida, da família, da religião, da propriedade particular legítima, etc., o que, em contrapartida, leva esse político a se opor ao aborto e à eutanásia, ao divórcio e à união de pessoas do mesmo sexo, à perseguição religiosa que aí está (ela não quer crucifixo ou bíblia em locais públicos, exclui religiosos de opinarem em questões importantes para o país, etc.), a ser contrário a uma reforma agrária que não seja segundo a Doutrina Social da Igreja, mas seja de acordo com os fracassados modelos comunistas, etc.
O candidato que verdadeiramente se opõe a isso tudo e que não é de um partido cujo programa defende o comunismo, o socialismo e o abortismo, merece o voto do verdadeiro católico. Caso contrarie a tudo isso, não merece o nosso voto.

ZENIT: O voto de cada católico pode mudar a cara do Brasil?
VANDERLEI: Com certeza, o voto dos católicos (e dos cristãos em geral, maioria no país) pode mudar a cara do Brasil para melhor.
Basta ver que, por iniciativa do povo religioso, e não dos políticos interessados em desvincular a religiosidade do povo da política, temas como o aborto e união de pessoas do mesmo sexo foram amplamente discutidos nas eleições semi-gerais de 2010 e cada vez mais vêm sendo debatidos e rejeitados pela imensa maioria do povo brasileiro, incluindo estudantes de Ensino Médio e Universitários.
Aqui alguém poderia usar o velho chavão: “Mas o Estado é laico” e eu respondo que o Estado pode ser laico, mas o povo (nação) é religioso. Daí o político eleito há de representar esse povo que o elegeu e não os interesses de seu partido, seja no âmbito do Legislativo ou do Executivo.
Caso contrário, teríamos uma democracia de mentira.

ZENIT: Qual é a principal questão que o senhor trata no livro e que pode interessar grandemente ao eleitorado católico brasileiro?
VANDERLEI: A grande questão ou tese do livro é a de que o verdadeiro católico não pode, sem trair a sua fé, votar em partidos que defendem, em seus programas, o aborto, pois esse é, em si mesmo, pecado, e, por isso, uma grave afronta à Lei de Deus que preceitua: “Não matarás” (Ex 20,13).
Ao lado dessa questão crucial, o livro mostra que o verdadeiro católico não pode votar em partidos comunistas ou socialistas, nem em candidatos que perseguem a religião. Aliás, o mérito do livro, segundo alguns comentaristas, está em apontar, inclusive, os nomes desses partidos.
Portanto, ao eleitor católico não interessa se o candidato ou a candidata são de Igreja, mas, sim, se o Partido no qual ele ou ela está defende pontos contrários à doutrina cristã.
O católico filiado a um partido comunista, socialista ou abortista, é uma contradição ambulante. Ele não sabe nada de cristianismo e nem de comunismo ou abortismo, ou pior, se diz cristão para enganar os ingênuos. Na dúvida, não se vota nele, de modo algum.
O livro traz ainda questões muito oportunas como o pecado, o Estado laico, o valor da vida à luz das ciências e da fé entre outros tópicos que merecem ser lidos e entendidos, por isso a linguagem acessível e a citação de rica bibliografia para aprofundamento.

ZENIT: Uma palavra final
VANDERLEI: Desejo agradecer imensamente à Agência Zenit pela oportunidade ímpar que agora tenho, bem como expressar a minha gratidão aos revisores da obra: Margarida Hulshof, escritora e perita em Teologia, Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, advogado e Mestre em Bioética (apresentador do livro na quarta capa), e a S. Eminência o Cardeal Dom Eusébio Oscar Scheid, arcebispo-emérito do Rio de Janeiro, que fez o prefácio.
Espero que a obra de 60 páginas ajude os eleitores católicos brasileiros que a lerem a não votarem nos partidos contrários à fé e à moral católicas e nem votarem em branco ou nulo, pois essa atitude ajuda a favorecer a cultura da morte.
Caso não haja um candidato que o eleitor julgue bom, então, por exclusão, vote no menos pior, mas vote. Dos 16 aos 100 anos ou mais, se estiver em condições, vá votar. Temos que derrubar a cultura da morte e substituí-la pela cultura da vida.
Muito obrigado.

25 de set. de 2012

O desejo, o corpo, a mente, o tempo

Já se foram quase quatro anos desde que a Duda passou por aqui. E desde então, o desejo de tentar novamente, de engravidar mais uma vez, só se fez crescer. E antes eu imaginava que essa coisa de planejar tudo direitinho, organizar a vida profissional e financeira primeiro para, só depois encomendar um herdeiro, era desculpa para medrosos ou egoístas. Mas não é bem assim...

Há pelo menos dois anos a família e os amigos perguntam quando? Quando? Quando?
Minhas respostas já alcançaram o fim de um ano, o começo do outro, quando começasse a trabalhar, quando o apartamento ficasse pronto, e assim todos esses prazos foram vencidos.
Já me mudei pra casa nova, já consegui dois empregos, já viraram dois finais e um início de ano... e ainda nada, porque não quisemos e porque Deus também não agiu diferente.
Agora não estou trabalhando na minha área de formação - jornalismo, e não consigo para de pensar em  tentar uma nova oportunidade antes de engravidar. Assim, brigo contra o meu desejo de ser mãe de novo logo, o desejo do meu marido e de nossos familiares, e tempo que passa e se reflete no meu corpo. Ainda sou jovem, mas não quero ter apenas um filho, então... tudo conta.
O que partilho com vocês é o o meu conflito, que se soma à saudade, e que agora bate de frente ao que eu pensava antes. Será que estou sendo medrosa e egoísta?
Essa semana passei às pressas por uma cirurgia de apendicite. Um susto que passou, graças a Deus. Ainda estou em recuperação, mas no hospital, tudo me veio à cabeça... a saudade, o desejo, os planos, o medo, o corpo, o tempo...
Peguei todos esses ingredientes e entreguei numa tigela a Deus. Pedi que tomasse conta de tudo e que me guiasse à tua vontade, não à minha.
Pedi que se for agora, me ajude e, que se não for agora, também.
Que continue abençoando o meu casamento, meu trabalho, e que faça dos meus planos apenas consequência do que Ele preparar para mim.
"O Senhor é o meu pastor, nada me faltará".

13 de ago. de 2012

Dia dos Pais


Ah! Como eu queria que o seu sorriso de ontem fosse mais completo e que completa estivesse a família  para comemorar. Como eu queria poder iluminar o seu sorriso um pouquinho mais...
Sei que, assim como o dia das mães é para mim, o dia dos pais foi difícil pra você e para muitos pais que não puderam receber um abraço ou um carinho de seus filhos.
Sei que foi muito bom podermos passar o dia com os nossos pais, reunir a família, abraçá-los e dizer o quanto o amamos, mas também sei o quanto você gostaria de ter recebido tudo isso da nossa pequena, que hoje estaria com três anos e meio.
E essa vontade vai permanecer, pois mesmo que outros filhos venham, a Duda não estará entre eles, por ser única. Mas sinto o quão presente ela se faz ao te deixar mais calmo em dias estressantes, ao te ajudar a dormir quando os problemas tentam atrapalhar o seu sono, ao te entusiasmar quando o desânimo tenta te dominar e, principalmente, ao nos unir, nos fazer lembrar da nossa fé em Deus quando rezamos juntos, quando comungamos, quando fazemos planos para o futuro, quando tentamos ajudar o próximo. Mesmo que por alguns minutos, ela nos presenteia todos os dias como um verdadeiro anjo, nos ajudando a ser um pouquinho melhores que ontem.
Assim também acredito acontecer com todos os outros pais que vivem a mesma situação.
Filhos são eternos, a paternidade também é.
Portanto meu amor, feliz dia dos pais! Você é um pai maravilhoso e tenho a certeza de que nossa filha está orgulhosa de você!
A todos os pais, um especial e abençoado dia, todos os dias!

11 de mai. de 2012

Ex-"Campeão do aborto" se converte ao movimento pró-vida


Madrid, Espanha, 12 de novembro, 2008 / 09:21 (CNA) -. O jornal espanhol "La Razón" acaba de publicar um artigo sobre a conversão ao movimento pró-vida de um ex-"campeão do aborto."  Stojan Adasevic, que realizou 48,000 abortos, às vezes chegando ao número de até 35 abortos por dia, é agora o mais importante líder pró-vida na Sérvia, após 26 anos como o médico mais renomado do aborto no país.

Segundo Adasevic "Os manuais de medicina do regime Comunista diziam que o aborto era apenas a remoção de uma mancha de tecido", e "a chegada dos aparelhos de ultra-som que permitiam a visão da vida fetal chegaram apenas depois dos anos 80, mas mesmo depois eles se recusaram a mudar aquela opinião histórica. Contudo, eu comecei a ter pesadelos".

Ao descrever sua conversão histórica, Adasevic "sonhou com um belo campo cheio de crianças e jovens que estavam brincando e rindo, de 4 a 24 anos de idade, mas que fugiam dele com medo. Foi então quando um homem vestido com um hábito preto e branco começou a olhar mim, em silêncio. Este sonho foi se repetindo a cada noite, ao que eu acordava suando frio. Uma noite, eu perguntei ao homem de preto e branco quem ele era. "Meu nome é Tomás de Aquino", respondeu". Adasevic, educado em escolas comunistas, nunca tinha ouvido falar do santo e gênio Dominicano."Eu não reconheci o nome ".

"Por que você não me pergunta quem são essas crianças?", questionou o santo a Adasevic em seu sonho.

"Eles são aqueles que você matou com seus abortamentos", São Tomás afirmou a ele.

"Então Adasevic acordou impressionado e decidiu não realizar abortos nunca mais", afirmou o artigo.
"Naquele mesmo dia um primo veio até o hospital com sua namorada, grávida de 4 meses, que gostaria de realizar nela o seu nono aborto - um hábito bem frequente nos países do bloco soviético. O médico concordou. Ao invés de remover o feto pedaço por pedaço, ele decidiu desmontá-lo e removê-lo como uma massa única. Contudo, no momento em que o feto foi totalmente destruído e retirado, seu coração pequeno ainda batia. Adasevic percebeu isso, e se deu conta de que tinha acabado de matar um ser humano".

Após essa experiência, Adasevic "disse ao hospital que ele deixaria de fazer abortos. Nunca antes um médico na Iugoslávia comunista havia se recusado a fazer abortos. Então eles cortaram seu salário pela metade, demitiram sua filha de seu emprego, e impediram seu filho de ingressar na universidade".
Depois de anos de pressão e sofrimento, e quase a ponto de voltar ao antigo hábito de fazer abortos, ele teve um outro sonho com Santo Tomás.

"Você é um bom amigo, não desista", lhe disse o homem de preto e branco. Adasevic buscou se envolver com o movimento pró-vida e por fim acabou conseguindo o feito de exibir na TV da Iugoslávia o filme "O Grito Silencioso" do Dr. Bernard Nathanson, duas vezes.

Adasevic já contou a sua história em diversos jornais e revistas do leste europeu. Ele voltou a fé ortodoxa, que viveu durante sua infância, voltou sua atenção aos escritos de São Tomás de Aquino.

"Influenciado por Aristóteles, Tomás escreveu que a vida humana começa quarenta dias após a fertilização", escreveu Adasevic em um artigo. O jornal La Razon comentou que Adasevic "sugere que talvez o santo queria fazer as pazes para esse equívoco." Hoje o médico sérvio continua a lutar pela vida dos nascituros.

Tradução livre: Cultura da vida

10 de mai. de 2012

Especialistas esclarecem

Boa noite amigos!!!

Acabei de assistir a esse programa postado no blog Nossa amada Vitória em Cristo. Em um tipo de debate, dois especialistas, o Dr. Rodolfo Acatuassu Nunes, professor da Faculdade de Ciências Médicas do RJ e a Dra. Marisa Lobo, psícóloga e professora universitária em Curitiba abordaram a questão da liberação do aborto de anencéfalos e iniciam a conversa comentando o voto do Ministro Cezar Peluso, ex-presidente do STF, que foi contrário à medida.
Há informações importantes e esclarecedoras sobre a diferença da condição de morte encefálica para a condição de anencefalia, além do conceito desta má-formação. São questões técnicas, mas que ajudam a compreender o que envolve essa doença e sua relação de vida. As questões psicológicas também são abordadas com domínio pela especialista, que reforça as consequências que um aborto pode deixar. Vale a pena assistir e indicar aos amigos!